sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Circos sem animais selvagens em Portugal

Texto publicado no site do Partido Pelos Animais:

"O Partido Pelos Animais congratula-se com a publicação da portaria 1226/2009, na edição de ontem do Diário da República, que, na prática, proíbe aos circos a detenção de animais selvagens e consequentemente também a sua utilização para fins de entretenimento.

O documento em questão, que proíbe a manutenção em cativeiro de cetáceos, primatas, ursos, felinos (excepto gatos), elefantes, focas, rinocerontes, hipopótamos, entre outras espécies, abre excepções apenas a instituições científicas, parques zoológicos, entidades dedicadas à actividade pecuária, centros de recuperação e projectos de conservação da natureza. A proibição não se aplica, contudo, a animais que já se encontrem neste momento detidos em circos ou outras instituições ou particulares não autorizados, que deverão ser registados no prazo de 90 dias. Ficam vedadas, isso sim, a aquisição de novos espécimes e a reprodução dos existentes.

Embora considere que se poderia ter ido mais longe, avançando para a recolha e recuperação dos animais actualmente detidos, o Partido Pelos Animais compreende as dificuldades inerentes a essa opção, bem como a importância de se facultar, nomeadamente aos circos, um período de adaptação suficiente. Assim, aplaudimos este passo essencial - e que já tardava - no sentido correcto, chamando porém a atenção para a necessidade de não negligenciar os animais presentemente detidos (inclusivamente em instituições autorizadas), procedendo a fiscalizações frequentes e rigorosas das condições em que são mantidos.

O Partido Pelos Animais espera agora que a esta alteração legislativa se sigam outras igualmente prementes no sentido de uma efectiva promoção do bem-estar animal em Portugal que, como Gandhi apontou e nunca é demais sublinhar, é reflexo da grandeza e progresso moral de uma nação. Enquanto partido político, essa será a nossa grande prioridade, reflectida na batalha pela consagração na Constituição da República Portuguesa do direito à vida e ao bem-estar de todos os seres sencientes."

Sem comentários:

Enviar um comentário